segunda-feira, 30 de julho de 2012

Paciência

O estudo da técnica, bem como o estudo da música em geral requer muita paciência. A música é uma forma de linguagem e deve ser encarada como tal. A questão é que queremos aprender muito em pouco tempo, mas ninguém aprende a falar russo ou outra língua qualquer num mês. 
Mas já reparei que em relação à música as pessoas nem sempre tem essa consciência, muitas me perguntam: Será que em um mês já melhoro bastante? Quanto tempo você acha que é preciso? 
E isso é muito relativo, mas independente de quem for, ou de quão fácil esse individuo aprende, é melhor pensarmos em prazos um pouco mais alargados. 


Quando se trata de música, acho que o mais importante é você perceber que a cada dia aprendeu algo, esse é o melhor indicador pra saber se você esta fazendo as coisas de forma correcta.

                                                                    By: Rodrigo Karvat
   

domingo, 29 de julho de 2012

Técnica

Memória muscular

sábado, 28 de julho de 2012

MuseScore

Se você está começando no mundo da música e gosta de ler partituras, o MuseScore é uma  boa forma de começar. 
Os primeiros passos no mundo da música são os mais complicados justamente por termos de nos adaptar à linguagem das notas musicais (breves, semi-breves e todas as outras variantes). Se quiser fazer composições básicas e visualmente bonitas, o MuseScore é ideal para o que você precisa!

Apesar de parecer fácil, ler partituras não é assim tão simples para quem nunca teve contacto com este tipo de coisa. O MuseScore é voltado para todo e qualquer tipo de usuário que deseje compor ou ler partituras no seu computador. 


Contudo, ele apresenta alguns problemas quando o assunto é criar a própria partitura. Isso acontece, porque alguns elementos são inseridos automaticamente pelo programa, como pausas, ligações, pontos e uma série de outros símbolos que interferem bastante na sua partitura.

Leia mais em: http://www.baixaki.com.br/download/musescore.htm#ixzz21weFR6w7

Programas



Bem pessoal, vou dando algumas dicas de alguns programas que possam ajudar nos estudos da música. 

A primeira dica, é o programa TuxGuitar que é um similar ao Guitar Pro. Bem interessante e livre, não precisa crackear nada. Vale a pena conferir.


O TuxGuitar é um editor de tablaturas de guitarra, violão, cavaquinho e baixo (entre outros instrumentos de corda) no estilo do Guitar Pro, só que totalmente gratuito. O aplicativo foi escrito em Java e tem suporte nos formatos GP3, GP4 e GP5 — arquivos típicos de diversas versões do Guitar Pro.

As funções existentes são praticamente as mesmas presentes no GTP e a interface é semelhante, sendo praticamente uma cópia. No programa, é possível tanto visualizar os arquivos de tablatura presentes em diversos sites como criar suas próprias músicas e salvá-las ou convertê-las em MIDI.

Estão presentes a visualização do braço do instrumento, partituras, possibilidade de adição de letras, dicionário de acordes e escalas e várias outras funções que transformam o estudo e a edição de tablaturas em algo completo. Para maior agilidade, pode-se configurar as teclas de atalho da maneira que for necessário.

Destaques



  • Editor de tablaturas completo.

  • Exibição multi-trilhas.

  • Reprodução com rolagem automática.

  • Gerenciamento de duração das notas.

  • Vários Efeitos (bend, slide, vibrato, hammer on/pull-off).

  • Suporte a quiálteras (3, 5, 6, 7, 9, 10, 11 e 12).

  • Repetição e fórmulas de compasso.

  • Configuração de andamento e tempo.

  • Totalmente compatível com arquivos GP3, GP4 e GP5.

  • quarta-feira, 25 de julho de 2012

    Incentivo

    Para o pessoal que gosta de música, mas, que acha um pouco chato ler sobre esses assuntos todos, e visto que demora um certo tempo até que se consiga tocar qualquer coisa, queria deixar uma palavra de ânimo. É assim mesmo!
    Acontece que não ficamos músicos bons da noite para o dia, mas, se você melhorar um pouquinho, a cada dia, logo logo verá grandes resultados.

    E a ideia deste blog é, justamente, facilitar as coisas.

    Para quem não gosta de ler, estão disponibilizados os vídeos, e quem não gosta de vídeos pode sempre ler. A questão é que este é um projecto que está no começo e muita coisa tem que ser melhorada, por isso conto com o seu apoio e sugestões, se for o caso. A ideia é ser interactivo.

    Vou focar vários assuntos dentro das minhas capacidades, é claro, mas creio que vai beneficiar bastante quem está começando, até a um nível intermediário. Para finalizar, fica uma dica !
    - Estude um pouco todos os dias, o máximo que conseguir, pois é melhor estudar todos os dias um pouco, do que estudar muito num único dia.
    - E separe o estudo por partes. Aqui vai uma sugestão: duas horas de estudo, divida em quatro partes, meia hora técnica, meia hora harmonia, meia hora leitura e meia hora repertório.

    Isso foi só um exemplo, não sei qual o seu tempo nem suas necessidades, mas, se fizer de uma forma mais disciplinada os resultados com certeza serão melhores.

    Este blog não substitui ser acompanhado por um professor ou seguir um programa escolar, mas deve usá-lo como material de apoio.

    Bons estudos! 

                                                                                                                                       By: Rodrigo Karvat  

    terça-feira, 24 de julho de 2012

    Pequena Lenda

        Lembro-me de quando fazia aulas com meu primeiro professor de música - é um excelente professor  diga-se de passagem. Ele contava uma pequena história sobre como a música teria surgido.
        Ia um individuo a passar em frente a uma oficina quando ouviu o ferreiro a martelar, foi então que ele se apercebeu de que os sons, apesar de serem de alturas diferentes, harmonizavam-se. Ele descobriu que dividindo o peso do martelo estaria a dividir o som. E surgiu assim  a música.
       É apenas uma lenda, no entanto, bem plausível, penso eu. Apesar de não haver registos exactos, visto ter sido um processo muito logo e antigo, envolvendo muitas culturas e gerações, creio que um facto assim poderia facilmente fazer parte desse processo.

    Grande abraço ao professor Alexandro Lucindo.

                                                                                                                                       By: Rodrigo Karvat                                                                                                                       

    domingo, 22 de julho de 2012

    Teoria musical


    Música

    É uma forma de expressão que utiliza os sons como materia prima, assim como a linguaguem convencional utiliza palavras. A música é um modo de expressar um sentimento ou uma emoção. É a arte de combinar sons e silêncio, é a arte de manifestar diversos afetos. música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchnea arte das musas) é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.  

    Melodia

    São notas musicais executadas sucessivamente ( uma após a outra ). Na pauta são representadas na horizontal. 
    Exemplo:





    Harmonia  

    São notas musicais executadas simultaneamente ( ao mesmo tempo ). Na pauta são representadas de forma vertical.
    Exemplo:



    Ritmo

    É a combinação de tempos fortes e fracos de maneira regular que geram toda a diversidade rítmica.

    Contraponto

    É quando duas ou mais melodias são compostas simultaneamente, levando em conta  o perfil melódico, a qualidade intervalar e a harmonia gerada pela sobreposição de tais melodias. 
    Exemplo:

      

    Pauta ou Pentagrama 

    É formada por cinco linhas e quatro espaços equidistantes  

      

    Clave de Sol 

    Escrita na segunda linha, antigamente também se escrevia na primeira linha. (Escrita na segunda significa que a nota escrita em cima da segunda linha é a nota sol).
     

    Clave de Fá

    Escrita na terceira ou na quarta linha, geralmente usam-se dois pontos para indicar em qual linha se encontra a nota da clave. No caso abaixo os dois pontos indicam que a nota Fá está na terceira linha. Já na clave de sol, geralmente não se usa porque fica sub-entendido que se encontra na segunda linha.


    Clave de Dó

    Escrita na primeira, segunda, terceira e quarta linha.


    Linhas e Espaços Suplementares

    As cinco linhas e os quatro espaços, não são suficientes muitas vezes para escrevermos notas mais graves ou agudas. Nesse caso, recorremos às linhas suplementares que podem ser superiores e inferiores.
                 
                 Superiores

                                                            Inferiores

    Nome das notas nas linhas e espaços

                      Linhas                                              Espaços

    À escrita musical da-se o nome de notação musical. São sete as notas musicais: DÓ RÉ MÍ FÁ SÓL LÁ SÍ
    que em cifras são representadas da seguinte maneira:

    DÓ     RÉ     MÍ     FÁ     SÓL     LÁ     SÍ
    C        D       E       F        G         A      B

    Repare que são as letras que simbolizam as notas musicais. Essa série de notas, formam uma escala musical neste caso, a escala Maior.


    Nome das notas suplementares




    Figuras musicais

    As figuras musicais servem para representar os diferentes valores das notas musicais.

                                                         figura    pausa


    Elas representam os sons e são chamadas de valores ou figura de som, ou seja, a linha ou espaço onde ela se encontra indica a nota. E o tipo de figura, indica a duração da nota.
    As pausas indicam a duração de silêncio. À direita de cada figura tem a respectiva pausa.




    terça-feira, 17 de julho de 2012

    Cadências Harmônicas


    Cadencias Harmônicas 


    Cadência Harmônica
    A cadência harmônica é caracterizada pela combinação funcional dos acordes, com sentido conclusivo ou suspensivo. Para se caracterizar uma cadência, necessita-se de pelo menos dois acordes de funções diferentes. É através da cadência que se define uma tonalidade, já que os dois acordes de diferentes funções encerram quase todas as notas de uma tonalidade.
    São 05 as cadências: Perfeita, Imperfeita, Plagal, Meia cadência e Deceptiva.

    A- Cadência Perfeita
    É a mais forte. Resulta da combinação das funções dominante “D” (V grau) e Tônica “T” (I grau). Pode vir precedida do IV ou II garus ( função subdominante). Neste caso recebe a denominação de Cadência Autêntica.
    A cadência perfeita é essencialmente final.

    Cadência perfeita
    Ex:
           V     I
    1.                                  2.                           3.                            4.
       V     I                             V       I                     IV  V     I                  II     V      I
    |  G  |  C  |                      |  G7  |  C  |              |  F   G  |  C  |          |  Dm7  G  |  C  |


    B- Cadência Imperfeita

    É o resultado da combinação “D” e “T” ( V I ) onde um ou ambos os acordes estão invertidos ou ainda no caso VII I. Nesses casos a cadência enfraquece acentuadamente.

    Ex:

    1.                               2.                                3.                           4.
     1ª inv.    1ª inv.                        1ª inv.                 1ª inv.
        V/3ª    I/3ª                    V      I/3ª                       V/3ª     I                 VIIm7(b5)     I
    |  G/B  |  C/E  |             |  G7  |  C/E  |                 |  G/B  |  C  |           |  Bm7(b5)  |   C  |



    C- Cadência Plagal

    É o resultado da combinação das funções “S” e “T”. Trata-se, também, de uma cadência conclusiva.

    Ex:

    1.                        2.                           3.                            4.

       IV    I                   II        I                   IV/3ª    I                IV     I/3ª
    |  F  |  C  |            |  Dm  |  C  |            |  F/A  |  C  |           |  F  |  C/E  |



    D – Meia Cadência

    É quando o descanso é feito no V grau (Dominante), sendo o Dominante precedido por graus de diferentes funções.

    Ex:

    1.                                   2.                                   3.

         II        V                        VI        V                          I      V
    |  Dm7  |  G  |                 |  Am7  |  G7  |                   |  C  |  G  |



    E – Cadência Deceptiva ou Interrompida

    É quando o Dominante vem seguido por qualquer grau que não seja a Tônica. Esta cadência não é conclusiva, podendo ser diatônica ou modulante.
    1- Diatônica
    É quando o Dominante (V grau) vem seguido por qualquer grau diatônico.

    Ex:
    1.       V- I de uma nova tonalidade.

    2.        V- V7 de uma nova tonalidade.



    F- Modulante 

    É quando o Dominante (V grau) vem seguido por acorde que leva a uma nova tonalidade, passageira ou não.

    Ex: V  I de uma nova tonalidade ou V do V7 de uma nova tonalidade




     Não esqueça de ver o vídeo, pode ajudar bastante.

    Cadências Harmônicas




    segunda-feira, 16 de julho de 2012

    Dominantes Secundários e substituição por Trítono

    Os dominantes secundários são os dominantes dos demais graus diatônicos. Exemplo em C: 



    Repare que os acordes B7, A7, D7, não são diatônicos de C, eles são os acordes dominantes. São acordes que resolvem nos demais graus diatônicos.

    SubV7 secundário: 
    É o substituto do quinto grau dos graus diatônicos. Resolve por movimento de meio tom para baixo.


    Nesse exemplo os acordes Bb7, que resolve em Am e Eb7 que resolve em Dm, são acordes de Sub V7 (substitutos do V7)
    Qualquer acorde dominante pode ser substituído pelo seu trítono. Assista o vídeo abaixo com o exemplo prático.

    Re-harmonizei a musica Parabéns a você, usando o conceito de dominante secundário
    e subV7 pra facilitar o entendimento. Espero ter conseguido.

    Dê uma olhada e deixe a sua opinião, se gostar. Se não gostar deixe na mesma. :-)

    Link abaixo:
    Dominante Secundário 

    Acorde de Empréstimo Modal

    Vou dar uma pequena introdução sobre o assunto, que é muito vasto e importante. Poderei ou não abordá-lo novamente, dependendo do vosso interesse, visto que, gravar esses vídeos dá trabalho, bastante trabalho. :-)

    O Acorde de Empréstimo Modal ( AEM ) é todo o acorde que não pertence ao modo. Geralmente são emprestados do modo homónimo ou paralelo, maior ou menor, mas, também podem pertencerem a outros modos como:  Dórico frígio etc... 

    Abaixo temos a tabela dos campos harmónicos de C maior, menor harmónico e melódico. Imagine uma canção na tonalidade de C maior, qualquer acorde das demais escalas pode aparecer numa progressão ou cadência, esses serão os acorde de empréstimo modal.

    É importante você não ficar preso só ao campo harmónico maior. A harmonia é muito mais que isso, não deixe que isso te limite, pois, às vezes o pessoal fica prisioneiro do campo harmónico maior.
    Quem disse isso foi Mozart Mello numa entrevista, e é verdade! Já aconteceu comigo.
     A melhor coisa é estudar um pouco para ampliar a nossa visão em relação a Harmonia.  


    http://www.youtube.com/watch?v=LnDTR9l8X5o&feature=plcp


    domingo, 15 de julho de 2012

    Funções dos Acordes

    Em música temos sensações estáveis e menos estáveis, tensão e, ás vezes, repouso. E são essas variações que motivam a música até um repouso final. 
    Temos três funções: Tônica, Sub-dominante e dominante. Sendo que, na escala de C maior, temos essa sequência:

    CM7     Dm7     Em7     FM7     G7     Am7     Bm7(b5) 
       T          S          T        S         D        T            D

    T ( Tónica ) S ( Sub-Dominante ) D ( Dominante ).

    Nesse vídeo falo um pouco sobre as funções: Tónica, Sub Dominante e Dominante.

    Funções dos Acordes


    Bom trabalho !

    domingo, 8 de julho de 2012

    Formação de Acordes Tríades

    Os acordes são gerados a partir de uma determinada escala, é ela quem determina o tipo de acorde e as suas extensões. Com a sobreposição de terças vamos gerar as tríades, as tétrades e suas extensões.
    Vou dar um exemplo:
    Na escala de Dó Maior temos as seguintes notas - C D E F G A B.  Se pegarmos na nota C (Dó) e depois a sua terça, que é E (Mi), e depois a terça de E, que é G (sol) temos a tríade de Dó maior ( C ).

    Para gerar as demais tríades é só fazer o mesmo.
    Exemplo em D (Ré) : D mais a sua terça que é F, mais a sua terça que é A, geram a tríade de Ré menor ( Dm ).

    Dê uma olhada no vídeo abaixo. É bem esclarecedor. Bom trabalho !



    Ciclo das Quintas

    O ciclo das quintas nada mais é do que você ir dando saltos de quinta em quinta formando um ciclo ou círculo, Exemplo: A 5ª de C é G a 5ª de G é D etc...
    Então, você pode gerar vários tipos de estudo e progredir em 5ªs, pode estudar as escalas. Por exemplo, a escala maior: essa escala obedece uma fórmula, à medida que você avança no ciclo das 5ªs, vão surgindo os  sustenidos ( # ). A escala maior tem a seguinte fórmula: 
    Tom, Tom, Semitom, tom, tom, tom, e semitom. A escala de dó maior não contém nenhum acidente.
    Veja abaixo.

    Click na imagem



    Entretanto, se quisermos gerar a mesma escala no ciclo das quintas, temos que seguir o mesmo raciocínio. Como já vimos, o V ( quinto grau ) de C, é G, ao gerarmos a escala maior de G vamos encontrar o primeiro sustenido. Repare que a escala segue dentro da fórmula até a sétima, onde a nota F tem de ser elevada um semitom passando a ser um F#. Logicamente percebemos que é a fórmula da escala que dita as regras. Portanto, a fórmula mantém-se, as notas é que são alteradas.

    Click na imagem




    Olhe com atenção para o ciclo das  4ºs  e  5ªs e você vai entender melhor o que acontece. Lembrando que o intervalo de 5ª justa encontra-se a 4 tons de distância da sua tônica.
    No sentido horário aparecem os sustenidos e no anti-horário os bemóis.
    Ex: a escala de G que é quinto grau de C contém um #. Já a escala de D, que é quinto grau de G contém dois # e assim por diante.
    A escala de F que é quarto grau de C contém um bemol, e a escala de Bb que é quarto grau de F contém dois, e assim por diante.


    Veja o vídeo sobre o assunto. É muito mais fácil. :) 

      Ciclo das quintas


    Ciclo Das Quintas Continuação

    Veja no vídeo abaixo como gerar as escalas maiores no ciclo das quintas.

    Ciclo das Quintas Continuação


    Ciclo das Quartas


    Pessoal pra quem já viu o ciclo das Quintas o conceito é o mesmo, na verdade voltamos a pensar em intervalos, pra isso você tem que conhecer e saber todos os intervalos. Se o clico for de quartas, é só
    criar progressões ou estudos em ciclos. Exemplo: O intervalo de 4ª de C é F, a 4ª de F é Bb, e assim por diante um intervalo de 4ª justa compreende a distancia de 3 tons e meio, se você olhar com atenção para a figura abaixo vera que no sentido horário encontramos os ciclos das quintas, e no sentido anti horário encontramos os ciclos das quartas, e também encontras  as suas respectivas relativas menores, Exemplo: Am é relativo menor de C pois, contem as mesmas notas. Em menor é relativo de G e assim por diante.
    No ciclo das 4ªs encontramos os bemóis ( b ) e no ciclo das 5ªs os sustenidos ( # ), isso porque a formula da escala determina as distancias intervalares que eu preciso.

    Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom, Semitom.

    A escala maior obedece sempre a essa fórmula. Agora repare que em F maior vamos encontrar o primeiro acidente ou primeiro bemol no ciclo das quartas. Isso porque a fórmula pede intervalo de 4ª justa, e para obter esse intervalo tivemos que diminuir um semitom a nota B, que é a 4ª aumentada de F. Por isso, a alteração foi descendente. E daí o bemol. Se tivéssemos que aumentar um semitom (alterar de forma ascendente usaríamos o sustenido, que é o que acontece no ciclo das quintas).

    Click na imagem 


    Se você reparar a medida que vamos avançando no ciclo vai surgindo um acidente. 


    Pra quem ainda ficou com duvidas fica aqui o vídeo com mais algumas explicações. :)

    Ciclo das Quartas


    Campo Harmônico


    A maioria dos estilos musicais tem suas progressões baseadas  na harmonia funcional, apesar de uns estilos serem mais sofisticados e complexos que outros. Harmonia funcional vem do fato de cada acorde ter uma função definida, e nos campos harmónicos maior e menor encontramos todos tipos de acordes e funções existentes para executarmos qualquer género de harmonia na prática. 
    Podemos dizer que em música temos o campo harmónico maior e o menor, sendo que, é importante estuda-los separadamente e depois unir os dois.

    1. Tríades

    Para gerar o campo harmônico de uma escala podemos sobrepor as terças. Exemplo: Na escala de Dó maior temos as seguintes notas C D E F G A B. Sobrepor consiste em encontrar a terça de C que é E e sobrepor a C, a terça de E que é G e sobrepor a E, e assim por diante. 
    Na verdade essa sobreposição acontece na pauta e vai gerando os acordes. Seria mais ou menos assim...

    click na imagem


    Vou dar um exemplo em cifras pra quem não lê pauta.

        G            A            B            C            D           E             F
        E             F            G           A             B           C            D
        C            D            E            F             G           A            B

        C           Dm         Em           F            G          Am          Bº


    Para geramos uma tríade (acorde de três sons) de C (dó maior) é só seguir o procedimento de sobreposição de terça dentro da escala, idem para os demais acordes.

    Passo 1. Tríade de Dó maior ( C ).
    G    
    E    
    C              D           E               F              G            A            B
    C

    Passo 2. Tríade de Ré menor ( Dm ).

    G               A
    E               F
    C               D           E             F              G            A              B
    C               Dm

    Passo 3. Tríade de mi menor ( Em ).


    G               A           B
    E                F          G
    C               D           E             F              G            A              B
    C               Dm       Em


    No passo 2 geramos a tríade de Dm (ré menor), já que a terça de D é F e encontra-se a um tom e meio de distancia. Portanto, terça menor, e, se a terça é menor o acorde é menor. É só seguir o conceito para os demais acordes e o resultado final sera a escala harmonizada em tríades.


        G            A            B            C            D           E             F
        E             F            G           A             B           C            D
        C            D            E            F             G           A            B
      
        C           Dm         Em           F            G          Am          Bº


    2. Tétrades

    Para gerarmos as tétrades (acorde de quatro sons) basta seguir o conceito e acrescentar mais uma terça à nossa tríade.  Já temos C, E, G e a terça de G é B. Fica assim...


    B
    G             
    E             
    C             D             E            F             G               A              B
    CM7

    Geramos um CM7 (dó com sétima maior). Agora é só seguir a ideia para os demais acordes e acrescentar mais uma terça. 
    Exemplo : Na tríade de Dm temos D, F, A, acrescentamos a terça de A, que é C, ficamos com D, F, A, C, que é igual a Dm7.


    Escalas Diatônicas


    Dá-se o nome de Escala a uma sequência de notas tocadas uma após a outra, de modo que formem uma oitava. Existem vários tipos de escalas, cada uma com uma sonoridade característica.

    Aqui vamos dar uma olhada às escalas diatónicas.

    As mais conhecidas são as escalas maior e menor, a estrutura intervalar dessas escalas contém toda a informação sonora que vai embasar o estudo dos campos harmônicos maior e menor.

    1. Escala Maior Natural

    Dentro de uma oitava independente da tonalidade, a escala maior terá sempre essa combinação (ou fórmula).

    T >Tom< 2ª >Tom< 3ª >S.T< 4ª >Tom< 5ª >Tom< 6ª >Tom< 7ª >S.T< 8vª

    Repare que os semitons (S. T) encontram-se do 3º para o 4º e, do 7º para o 8º graus, gerando os seguintes intervalos em a relação à tónica:

    T;  2ª maior; 3ª maior; 4ª justa; 5ª justa; 6ª maior; 7ª maior; e 8ª justa

    2. Escala Menor Natural

    A escala menor tem a seguinte fórmula:

    T >Tom< 2ª >S.T< 3ª >tom< 4ª >tom< 5ª >S.T< 6ª >Tom< 7ª >Tom< 8vª

    Os semitons encontram-se do 2º para o 3º grau e do 5º para o 6º. ficamos com os intervalos de:

    T; 2ª maior; 3ª menor; 4ª justa; 5ª justa; 6ª menor; 7ª menor; e 8vª justa


    3. Escala Menor Harmónica

    A escala menor harmónica é o resultado de uma alteração intervalar feita na escala menor natural, por isso podemos classifica-la como sendo diatónica, por que é uma variante da escala menor natural. 
    ( Essa  alteração do sétimo grau deu-se devido a necessidade da nota sensível que é a sétima maior, isso gera uma nota de tensão e resolução para a tónica. Essas alterações são atribuídas a J. S. Bach e a outros compositores do período barroco). 
    Se elevarmos um semitom o sétimo grau de uma escala menor natural, alterando o sétimo grau de menor para sétimo grau maior, ficamos com uma escala menor harmônica, que tem a seguinte fórmula:

    T >Tom< 2ª >S.T< 3ª >tom< 4ª >tom< 5ª >S.T< 6ª >1Tom e 1/2< 7ª >S.T< 8vª

    Que gera os seguintes intervalos:

    T; 2ª maior; 3ª menor; 4ª justa; 5ª justa; 6ª menor; 7ª maior; e 8vª justa

    Repare que temos na mesma um intervalo de S.T do 2º para o 3º e, do 5º para o 6º. Porém, temos um intervalo de um tom e meio do 6º para o 7º, que por consequência gera intervalo de semitom para o oitavo grau.


    4. Escala Menor Melódica 

    Já a escala menor melódica é resultado de uma alteração no 6º da escala menor harmónica, passando de 6º menor para 6º maior. Isso por causa da dificuldade ao cantar o intervalo de um tom e meio da escala menor harmónica. Fórmula da menor melódica:

    T >Tom< 2ª >S.T< 3ª >tom< 4ª >tom< 5ª >Tom< 6ª >Tom < 7ª >S.T< 8vª

    Ficamos com os seguintes intervalos:

    T; 2ª maior; 3ª menor; 4ª justa; 5ª justa; 6ª maior; 7ª maior; e 8vª justa

    Vídeo complementar:

    http://www.youtube.com/watch?v=QPQwBqWvAWo&feature=g-upl

    Intervalos

    Conhecer os intervalos é de extrema importância, uma vez que é uma das ferramentas com a qual podemos fazer uma análise e explicar quase todos tipos de eventos que possam ocorrer (harmônico ou melódico).

    Quando queremos saber o tipo ou o caráter de um acorde, analisamos a relação que cada nota tem com a tônica, ou seja, que tipo de intervalo ela representa em relação a tónica. 
    Exemplo: se um acorde de Dó contém as seguintes notas ( C - E - G ) sabemos logo que é uma tríade de Dó maior, porque a terça do acorde é maior. Neste caso é a nota E . Mas se as notas forem ( C - Eb - G ) sabemos que é uma tríade de Dó menor, porque é a terça que define isso. 
    Se o intervalo de terça for maior, o acorde é maior, se a terça for menor, o acorde é menor. 
    Porém, intervalo é muito mais do que isso, praticamente tudo o que você tocar cantar ou pensar pode ser relacionado com os intervalos. Se você repetir a mesma nota, ainda sim podemos dizer que é intervalo uníssono. 

    O intervalo nada mais é do que a distancia entre duas notas, medida em tons ou semitons. Dependendo da distancia entre uma nota e outra, ou da quantidade de notas entre elas é que podemos classificar o tipo de intervalo. Por exemplo: na escala diatónica de Do, temos as seguintes notas ( C D E F G A B ) sendo que C é o 1º grau,  D é o 2º grau,  E é o 3º grau,  F é o 4º grau, G é o 5º grau, A é o 6º grau e B é o 7º grau.
    Sendo assim, entre C e A podemos dizer que é um intervalo de sexta. De C a B é um intervalo de sétima e assim por diante.

    Porém, um intervalo pode ser maior,  menor,  aumentado, justo, diminuto, pode ser simples ou composto dependo da distancia que se encontra da tónica. Exemplo: De C a D, intervalo de segunda maior, de C a Db, intervalo de segunda menor.

    QUADRO DE INTERVALOS

    Tônica--------------------------C (T)
    Segunda Menor---1/2 tom---Db (b2)
    Segunda Maior---1 tom------D (2)
    Terça Menor---1 ½ tons -----Eb( b3)
    Terça Maior --- 2 tons--------E (3)
    Quarta Justa ---2 ½ tons -----F (4)
    Quinta Diminuta – 3 tons ---Gb (b5)
    Quinta Justa ---3 ½ tons----- G (5)
    Quinta Aumentada- 4 tons—G# (#5)
    Sexta Menor---4 tons --------Ab (b6)
    Sexta Maior---4 ½ tons-------A (6)
    Sétima Menor---5 tons-------Bb (7)
    Sétima Maior---5 ½ tons-----B (7M )
    Nona Menor----6 ½ tons-----Db (b9)
    Nona Maior----7 tons---------D (9)
    Nona Aumentada---7 ½ tons-D# (#9)
    Décima Primeira Justa- 8 ½ tons-F (11)
    Décima Primeira Aumentada-9 tons-F# (#11)
    Décima Terceira Menor-11 tons-Ab (b13)
    Décima Terceira Maior- 11 ½ tons- A (13)
      
    Sugiro que você pratique exercícios diatónicos no seu instrumento, ou seja toque a escala de C por exemplo usando todos os intervalos. Por Exemplo :
    Intervalo de 3º ( C E G B D F A C ) e assim por diante. Intervalo de 4º ( C F B E A D G C ) e assim por diante, ascendente e descendentemente. Faça isso com todos os demais intervalos e em todos os tons.

    Pra ajudar a sua compreensão segue o link com explicação em vídeo:
    Intervalos